Pré-requisito fundamental para um Contador de Histórias ... Uma boa dose de delírio!
A magia provocada pelo encanto do “Era uma vez...”, de forma sublime chamam a atenção e purificam a imaginação da criança, afastando-a das distrações. Esse encantamento é um recurso didático sem dúvida muito vantajoso ao educador
“Aula
sem história, jardim sem flores, lar sem
filhos, mundo sem sol” (Professor Sérgio Raul)
O encantamento dos contos de fada.
As histórias infantis têm
papel fundamental na formação do indivíduo, tornando-o criativo, crítico e capaz
de tomar decisões. Quando se conta uma história, deve-se ter em mente que aquele
momento será de grande valia para a criança, pois através desses contos será
formado um banco de dados de imagens que será utilizado nas situações
interativas vividas por ela. Recomenda-se que o educador faça todo um ritual
antes do momento de contar histórias. O ideal é que o professor, ao contar uma
história, tenha uma diversidade de estratégias sendo consideradas como
principais: tocar a imaginação dos alunos, saber como utilizar a expressão
corporal, o ritmo, o gesto, e principalmente a entonação da voz, fazendo com que
nesse momento a criança fique envolvida pelo encantamento e pela fantasia.
Sugere-se ao professor que crie em sua sala de aula o livre acesso aos livros
através de um cantinho de leitura no qual fiquem disponíveis aos alunos livros,
revistas, jornais etc., facilitando o manuseio. Orienta-se que o professor se
informe mais sobre os aspectos que estão envolvidos na apropriação no processo
da leitura e seus aspectos fundamentais na visão lingüística, psicológica,
social e fisiológica. Ressalta-se que quando se tem domínio de certo papel a
desempenhar o resultado é totalmente diferenciado e qualificado.
O que é a história infantil, qual sua importância e qual sua relação com o público infantil?
Uma história
infantil, é fruto de inteligência já cultivada e amadurecida, de quem conhece
por estudo, ou intuição, as qualidade ou requisitos que devemos encontrar numa
narrativa destinada a crianças.
Todos quantos
tenham qualquer parcela na formação intelectual e moral dos pequenos reconhecem
que as histórias que tanto encantam, divertem, instruem e edificam o mundo
infantil, é já faz algum tempo, objeto de acurados estudos, observações e
pesquisas, cujo fim essencial consiste em aproveitar o máximo possível esta
fascinante atividade pedagógica discernindo o que há de mal e impuro.
Como aproveitar
o total valor das histórias?
Como saber
escolher, separar o que não é bom?
Todo professor deve ser um bom contador de histórias. E quem tem consciência deve saber que narrar é instruir, comover e agradar.
A história
deve:
ENSINAR –
INSTRUIR – EDUCAR
Esquecemos de
muitas histórias que ouvimos na infância, mas jamais os ensinamentos contidos
nas histórias, esses duram para a vida toda.
(Tente refletir
agora sobre algo que aprendeu através de historias, causos, ou experiências
vividas, próprias ou não.)
Qual a importância da história infantil?
As historias
agradam e interessam a todos sem distinção de idade, classe social ou nível de
formação.
As histórias em suas formas de transmissão fazem parte da cultura de um povo;
As histórias em suas formas de transmissão fazem parte da cultura de um povo;
A importância
das histórias origina-se:
1.
De sua
universalidade;
2.
De sua
influência;
3.
Dos recursos
que oferece aos educadores;
4.
Dos benefícios
que poderá proporcionar à humanidade.
Uma boa
história é auxilio importantíssimo para a educação infantil.
A história infantil possui grande importância por sua amplitude das tendências psicológicas infantis. (Ex. parábolas de Cristo). A história desperta o gosto pela leitura; ajuda no ensino das demais matérias.
A história infantil possui grande importância por sua amplitude das tendências psicológicas infantis. (Ex. parábolas de Cristo). A história desperta o gosto pela leitura; ajuda no ensino das demais matérias.
A arte de contar histórias
Os antigos
contadores de historias não se preocupavam com cursos, livros ou palestras, eles
simplesmente contavam histórias com o objetivo de divertir, como um recurso para
acalmar ou adormecer a criança. Porem hoje, contar histórias é centro de
interesse devido à grande importância da história na delicada tarefa de
educar.
A hora do conto
é um momento de muito prestigio que encanta, desperta o interesse, traz alegria
para a alma infantil através do sonho e da fantasia.
Quem conta
histórias, proporciona à criança:
·
Uma atividade
sadia;
·
Uma
oportunidade para desenvolver a imaginação;
·
Enriquecer o
vocabulário;
·
Completar
experiências;
·
Atender à
curiosidade da vida em suas estréias pelo mundo do
encantamento.
Contar
histórias também é um auxilio a psiquiatria para descobrir inquietações,
prevenir angustias e desvendar a origem de perigosos recalques.
Portanto para o
propósito de educar através das histórias, o contador de histórias
deve:
·
Conhecer a
técnica que preside e regula sua ação;
·
Informar-se das
dificuldades;
·
Dos cuidados
que exige seu público;
·
Dos requisitos
morais e literários das narrativas mais adequadas;
·
Dos diversos
gêneros;
·
Das histórias
que mais agradam;
·
Dos segredos
relacionados com a mágica.
É preciso
estudo, experiência e dedicação.
“Saber a quem
contar,quando contar, o que contar e como contar” – Malba Tahan
Como contar Histórias no Jardim de Infância?
Hoje recebi um e-mail da Maria Bastos, que me pedia técnicas e ideias para contar histórias.
Aqui ficam algumas sugestões do Plano Nacional de Leitura, para ajudar a colega e todos os interessados:
Ouvir contar histórias na infância leva à interiorização de um mundo de enredos, personagens, situações, problemas e soluções, que proporciona às crianças um enorme enriquecimento pessoal e contribui para a formação de estruturas mentais que lhes permitirão compreender melhor e mais rapidamente não só as histórias escritas como os acontecimentos do seu quotidiano.
Na época actual a maioria das crianças não tem oportunidade de ouvir histórias no seio familiar. Cabe ao jardim-de-infância e à escola assegurar que lhes não falte essa experiência tão enriquecedora e tão importante para a aprendizagem da leitura.
* Um bom contador de histórias tem que saber adaptar-se ao público. Esse ajuste é feito ao vivo, de uma forma rápida e quase imperceptível.
* Se a assistência se distrai, há que mudar o relato, abreviando o enredo, introduzindo novas peripécias, criando suspense. Se a assistência se mostra fascinada, vale a pena prolongar o efeito e ir adiando o desfecho.
*
A mesma narrativa terá de apresentar cambiantes conforme a idade das crianças e as características dos vários grupos.
Sugestões de actividades
* Conte sobretudo histórias que conheça bem e de que goste.
* Identifique previamente os acontecimentos-chave para os apresentar de forma clara e sugestiva.
* Conte a história como se estivesse a vê-la desenrolar-se por cenas.
* Ensaie em casa, ao espelho, ou diante de pessoas que lhe possam dar um feedback.
* Observe as reacções das crianças enquanto conta a história para poder fazer os ajustes necessários. Pode, por exemplo, aligeirar uma situação se as crianças estão assustadas ou torná-la mais dramática para envolver emocionalmente os ouvintes.
* Sempre que possível envolva as crianças no relato.
* Se as crianças exigirem que torne a contar a mesma história, deve considerar que a actividade foi um êxito.
Como envolver as crianças no relato
* Pedir às crianças que:
- repitam frases;
-façam os gestos adequados para sublinharem a acção;
- emitam os sons que a história refere (vento, bater à porta, etc.).
* Suscitar antecipações, perguntando: O que é que acham que vai acontecer a seguir?
* Suscitar o reconto em grupo, sobretudo com os alunos mais velhos.
Como suscitar o reconto em grupo
* Um ou dois alunos ajudam o educador.
* A história vai sendo contada pelas crianças e o Educador só interfere quando necessário.
* As crianças contam a história em grupos de dois ajudando-se mutuamente.
* Uma turma conta a história a outra turma.
* Cada criança escolhe o momento preferido e conta-a em pormenor acrescentando o que quiser.
* As crianças são convidadas a contar a história muito rapidamente e referindo apenas o essencial.